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Foto do escritorEdvaldo Fernandes da Silva

O desenvolvimento físico e psicomotor da criança

Apesar de tanto ressaltarmos a importância de considerarmos a individualidade dos alunos, podemos observar semelhanças de desenvolvimento em crianças de mesma idade.

O desenvolvimento físico da criança é o conjunto de mudanças que se operam em meninos e meninas como parte de seu processo de crescimento. Já a psicomotricidade se refere às relações entre psiquismo e movimento, mente e motricidade.


A observação do desenvolvimento das crianças não pode deixar de considerar o calendário maturativo de cada uma.


O da idade concreta é que nos revela o surgimento de algumas habilidades e o da sequência de aquisições, que tendo a ser igual a todos, elucida uma ordem natural e obrigatória que o desenvolvimento, em qualquer criança, deve e vai obedecer. Relacionadas à maturação, temos três "leis":


  • Lei cefalocaudal: o controle motriz começa pelas partes próximas à cabeça e termina nas pernas e pés.

  • Lei próximo-distal: os seguimentos corporais mais próximos do tronco são dominados antes dos que estão mais distantes.

  • Lei do progressivo afinamento e coordenação: se passa de ações protagonizadas por grandes músculos para aquelas realizadas pelos músculos pequenos, como os das mãos que se alçam, progressivamente, ao primeiro plano.


Entende-se por motricidade ampla aquela que envolve músculos grandes (correr, pular) e por motricidade fina aquela relacionada aos músculos pequenos como mãos e dedos (escrever, montagem com blocos).


É um erro que a educação infantil trabalhe apenas uma delas em detrimento da outra, o que costuma ocorrer quando as crianças manifestam habilidades para o desenho ou a escrita e, nesse momento, é negligenciado o trabalho com a motricidade ampla.


É na educação infantil que as crianças começam e aprendem a controlar os esfíncteres. Dessa forma, a atuação da escola terá papel fundamental nesse período do desenvolvimento e não há como, no entendimento dos autores, e seria pouco educativo negligenciarmos a assistência necessária que a criança precisa nessa fase da sua maturação.


Ainda assim, não poderá de forma alguma a família se abster de participar do processo, mesmo porque será uma conquista gradual e carecerá de acompanhamento a todo momento.

Posturas como castigos, constranger a criança numa circunstância mal sucedida ou comparações com outras crianças mais “avançadas” podem trazer sérias conseqüência e prejudicar o progresso dos pequeninos.


O desenvolvimento psicomotor é uma construção complexa, já que nela intervêm inúmeros condicionantes e fatores de influência, desde os genéticos próprios da espécie até os genéticos puramente individuais, desde aqueles que estão inscritos no programa biológico do menino ou da menina até os que se devem fundamentalmente à influência da estimulação educativa.

Os estímulos infantis, quando desenfreados, podem conduzir a criança a um estado hipertônico que pode prejudicar a sua aprendizagem e o relacionamento com as demais. Um exemplo disso é o ritmo frenético dos desenhos animados de hoje.


Os professores de educação infantil também devem trabalhar com os alunos momento de relaxamento e alongamentos, com exercícios respiratórios – o que pode contribuir para a concentração dos mesmos em outras atividades.


Nesse contexto, é importante falarmos também sobre lateralidade. As crianças podem apresentar diferentes tempos para definirem uma posição: destro, canhoto, ambidestro, etc.

O professor poderá intervir tão somente quando a criança parecer não ter alcançado uma definição satisfatória até os 5 anos e alguns meses e que tal intervenção deverá se dar de maneira adequada, com os estímulos próprios, para não implantar algo que poderá prejudicá-la no futuro.


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